Quase um ano morando no Batacity. Entre desventuras e outras coisas, pude conhecer pessoas que se tornaram amigos e amigas muito queridos. Dentre elas está a Thaís, uma pessoa linda em todos os sentidos e que me concedeu um dia de fotinhas.
Tata, sei que foi cansativo, mas valeu a pena! :)
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Remanescente.
Minha
infância não foi marcada somente pelo triciclo comunista e o pé grande, os
acontecimentos esdrúxulos desta fase ainda remanescem de alguma forma no que eu
sou hoje. Parece bastante óbvio que uma pessoa na terceira idade, totalmente
insegura e sem rumo, tenha sido uma criança de comportamento idêntico e isso se
confirma como fato indubitável. Mas, por que não amadureci? Por que não
arquivei esses episódios toscos em algum lugar sem acesso? Já tentei entender
os motivos que me tornaram, desde a tenra idade, numa criatura completamente
desprovida de autoestima, mas, para variar um pouco, não obtive sucesso e
desisti de tentar.
sábado, 10 de novembro de 2012
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Narrativa Fantástica.
Talvez
porque na minha alma viesse crescendo uma melancolia terrível por causa de uma
circunstância que já estava infinitamente acima de todo o meu ser: mais
precisamente – ocorrera-me a convicção de que no mundo, em qualquer canto, tudo
tanto faz. Fazia muito tempo que eu vinha pressentindo isso, mas a plena
convicção surgiu no último ano, assim, de repente. Senti de repente que para
mim dava no mesmo que existisse um mundo ou que nada houvesse em lugar nenhum.
Passei a perceber e a sentir com todo o meu ser que diante de mim não havia
nada. No começo me parecia sempre que, em compensação, tinha havido muita coisa
antes, mas depois intuí que antes também não tinha havido nada, apenas parecia
haver, não sei por quê. Pouco a pouco me convenci de que também não vai haver
nada jamais. Então de repente parei de me zangar com as pessoas e passei a
quase nem notá-las. De fato, isso se manifestava até nas mínimas ninharias: estou,
por exemplo, andando na rua e vou dando encontrões nas pessoas. E não era por
andar mergulhado em pensamentos: sobre aquilo que eu tinha que pensar, já então
cessara completamente de pensar: tudo me era indiferente. E se ao menos eu
tivesse resolvido as questões; ah, não resolvi nenhuma, e quantas havia? Mas
para mim tudo ficou indiferente, e as questões todas se afastaram.
Do segundo conto de "Duas narrativas Fantásticas", intitulado "O sonho de um homem ridículo" de Fiódor Dostoiévski - 1877.
Por ter tido a felicidade de conhecer a Thaís neste fim de mundo que agora chamo de casa, pude ter o imenso prazer de ler esse conto fantástico. Que coisa...
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Perdas.
O país, de uma forma generalizada, parou para comentar a
perda de uma apresentadora de TV. Oquei, relativa importância sei lá para quem,
conduta elegante, pioneirismo, bitocas....nada disso me parece suficientemente
importante, mas a minha opinião também não é lá tão relevante! Na verdade, não
é nem um tiquinho relevante. Todavia, a perda de um intelectual como Eric
Hobsbawm é, inegavelmente, algo triste. Mas há o consolo de saber que o
trabalho intelectual de tal porte é imortal... O que não pode-se dizer com
tanta certeza sobre os programas de tv.
PS: apesar da imensa tristeza, não cheguei a derramar
lágrimas de desgosto quando soube da morte do Hobsbawm, mas me lembrei como se
fosse hoje de um pesadelo que tive há muitos anos e que deve se tornar uma
profecia: sonhei com a morte de Fidel Castro e a reação à notícia foi de uma tristeza
imensurável e um choro incontrolável, mas todos que estavam ao meu redor riam
do meu pesar...
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