domingo, 25 de março de 2012

Convencionalismo - uma epopéia para quem não teve uma motoquinha bandeirantes.

Já não é segredo para ninguém que eu estou morando em uma cidadezinha no fim do mundo e que minha rebeldia por estar morando aqui tem me deixado um tanto quanto inerte. Até tentei procurar algum biscate para fazer, mas nada com sucesso. Foi então que me surgiu a oportunidade de fazer as fotografias de um casamento muito especial, na verdade fui intimada a fazer as benditas fotinhas, afinal não é todo dia que se vê um jovem senhor viúvo de 77 anos casar-se com toda a pompa e circunstância pela segunda vez em uma igreja. Pois bem, evento imperdível e muita insegurança para cumprir o trabalho com sucesso. No entanto, devia fazer bem uns 25 anos que eu não via um casamento ao vivo e muito menos havia tido a experiência de fotografar um. O dia do enlace matrimonial chegou e eu não tinha a menor idéia do que fazer e pude comprovar isso quando vi as fotos no meu editor. Esforcei-me o máximo para conseguir retratos convencionais: a entrada do noivo, a entrada da noiva, enfim, tudo o que o protocolo da ocasião exigia. Mesmo assim falhei. Gente, é muito difícil fazer fotografia de casamento! Demorei mais de um mês para editar as fotos e salvei pouquíssimas. Ok, desconto por ser a primeira vez. Mas quando entreguei o álbum aos noivos, tive nova surpresa: elogiaram, pois são educados, mas também deram algumas dicas discretas para que eu tornasse o trabalho melhor e foi quando ouvi que havia muitas fotos com cabeças cortadas, muito espaço sem gente nas fotos....Fiz cara de paisagem com certa vergonha, pois achei que tinha feito um trabalho um tanto quanto convencional, mas não, foi coisa de amador mesmo. Hoje posso afirmar que casamento, festa de aniversário e coisas afins são para fotógrafos muito altruístas, que abandonam qualquer ponto de vista para poder ganhar um troco e fazer o cliente feliz. Definitivamente não é meu caso, mas temo considerar a opção de começar a ser, afinal ninguém vai me dar algum dindin para tirar fotos de cemitérios ou de pedaços de pessoas. Ó mundo cruel, eu não ganhei uma motoca bandeirantes na infância longínqua e agora gosto de fotos sem pés e principalmente sem cabeças....



quarta-feira, 21 de março de 2012

Festa da Talita

A família aqui em Bataguassu é grande e o que não falta é festa de aniversário....Semana passada teve a da Talita. Por conta da precariedade e falta de experiência com ambientes escuros, só consegui meia dúzia de fotos bem borradas e sem qualidade de nitidez, mas me diverti bastante com a lambança de bolo!