quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

My new front yard.

Depois de nascer em São Paulo - SP, morar por dois anos em Porto Alegre, voltar para o Mato Grosso do Sul, mudar de mala e cuia para Maringá e passar cerca de 9 meses em Jundiaí, estou novamente com as malas prontas para voltar a um dos pontos de partida....e esta é a linda vista da varanda da frente da casa onde vou morar em Bataguassu - MS. Impossível não afirmar que se trata de um lugar pitoresco e mantenho esperanças para que minha vida também não seja comum por aquelas bandas. Mas uma coisa me parece certa: não é a vida que dá voltas!




segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Só para ter do que reclamar.

O episódio do chiclete no cabelo

Já comentei aqui sobre a operação pente fino, um abuso que crianças providas de cabelo e piolhos sofriam na época da minha infância. Apesar de ter 25% de descendência japonesa, só a lei de Murphy pode explicar porque não tive cabelos lisos, muito pelo contrário, quando comecei a ter cabelo, por volta dos 2 anos de idade, os mesmos cresciam insistentemente para cima. Cresceram tanto que uma hora haviam de se conformar com outra lei – a gravidade. Finalmente eu tinha cabelos, nunca gostei da aparência armada que eles tinham, mas era melhor do que ser careca. Como se já não bastassem meus complexos capilares, certa vez, ao acompanhar minha mãe em um dos frequentes passeios que ela fazia com um tio meu, fui alvo de uma das brincadeiras mais absurdas que já vi: o mentecapto do meu tio tirou um chicletão da boca, espichou muito bem aquela coisa grudenta e passou por toda a minha encaracolada cabeleira – naquele dia desejei ter a minha careca de volta. Minha mãe e ele riram freneticamente da situação, pois eu fiquei muito brava, muito mesmo. Mas uma criança contra dois adultos é uma batalha desleal, convenhamos... Fiquei com tanto ódio que me lembro bem disso até hoje, mais de vinte anos depois. Imagino que esse episódio possa explicar os motivos que me fizeram ter uma postura um tanto quanto distante da “família”. Melhor do que aderir ao movimento skinhead...

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Transeunte


O medo do próprio semelhante faz com que eu saia pouco de casa e quando saio preciso estar sempre atenta aos lugares por onde ando, às coisas que carrego e às pessoas que passam. Sempre me pergunto se há limites nessa desconfiança toda ou se sou demasiadamente ingênua. Até agora não tive surpresas negativas, apenas observações pouco conclusivas de que às vezes o semelhante está apenas dividindo a mesma calçada...nada demais.




quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Experiências

Quando cheguei em Jundiaí fui procurar saber sobre cursos na área de fotografia e descobri um que além de gratuito, seria algo mais específico, ensinando técnicas de como aproveitar a luz para fazer retratos. Enfim, só pude ir à uma aula por motivos nada óbvios e o que aprendi foi isso que segue: as teachers improvisaram um lençol, dois suportes com lâmpadas comuns e várias cobaias que se divertiram fazendo pose atrás do pano. Gostei da idéia, mas o resultado certamente pode ser infinitamente mais interessante...




















segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Mesquita com bolo




Já faz algumas semanas que minha querida amiga Evie veio me visitar em Jundiaí city. Faz pouco tempo que estou morando aqui e não conheço muita coisa para visitar, tampouco programas interessantes para fazer. Era um domingo parado e tedioso como de costume. Resolvemos almoçar em casa mesmo e depois sair para o famoso 'bater pernas'. Fomos em direção à parte mais antiga da cidade e lá encontramos a Mesquita, toda imponente em meio à construções decadentes e destruídas. Impossível não notar.
Havia levado minha máquina fotográfica e resolvi tirar umas fotinhas de longe mesmo, para não correr o risco de levar alguma bronca ou algo parecido. Eis que alguém aparece no portão e começa a sinalizar indicando que deveríamos ir até lá. Pronto, pensei, agora fodeu...
Mas para a surpresa de todo meu preconceito enrustido, fomos convidados a entrar e conhecer a Mesquita, nos viram tirando fotos e quiseram nos proporcionar, digamos, mais ângulos daquele lugar tão bonito. Uma vez lá dentro fomos totalmente pajeados, conhecemos tudo, ganhamos livretos explicativos e até bolo! É minha gente, precisa dizer mais que isso??











segunda-feira, 25 de abril de 2011

Catedral Nossa Senhora do Desterro

A catedral foi construída em 1.651, antes mesmo da fundação da cidade de Jundiaí. É uma belíssima materialização da História, uma pena que as fotinhas não estão à altura. Achei extremamente difícil entrar em um lugar tão bonito e não cair nos clichês fotográficos de turistas. Mas voltarei lá!










segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Kira bailarina

Seguindo tendências atuais do cinema...Mas a 'Black Swan' de casa é a Maya, também conhecida como 'Bebê de Rosemary'!










domingo, 13 de fevereiro de 2011

Anti-social, arrogante ou intolerante?


Parte I.II – As conseqüências do tal triciclo


As pessoas que me conhecem têm o irritante hábito de me rotularem como um ser anti-social. Alguns vão além da misericórdia e me chamam de arrogante. Há ainda aqueles que denominam meu comportamento como intolerante e por fim, já ouvi que tenho uma tendência anormal de me divertir ao dizer coisas chocantes para outras pessoas. Em minha defesa devo confessar que todos meus defeitos, absolutamente todos, são provenientes de uma causa maior: insegurança ou falta de confiança – dá na mesma. Se alguém souber onde se encontra remédio para isso, por favor, me avise. Ah, falando em remédio...também sou hipocondríaca. Isso é inquestionável.

Bom, vamos aos fatos mais comuns para tentar esclarecer as coisas. Primeiro, eu não considero que seja arrogante corrigir uma pessoa que diz “para mim fazer”, pelo contrário, acho um ato de singular caridade poder contribuir com o processo de aprendizagem desse indivíduo, afinal ele ou ela não vai mais passar por situações constrangedoras em público. Segundo, convenhamos que é impossível estabelecer um diálogo com alguém que só diz “tá ligado?”, gente isso não é intolerância, é gerenciamento de tempo útil. E por último temos as falas chocantes. Poxa, todo mundo sabe o quanto eu amo minhas gatas e dizer que já realizei minhas supostas necessidades maternas com elas não é chocante, é só uma questão de sinceridade mesmo. Eu já vi um monte de gente passeando com cachorros que estavam usando sapatos e não presenciei nenhuma cena de choque – com exceção da minha. Normal, logo, eu que sequer coloco roupas nas minhas gatas, sou mais normal ainda. Hmm, preciso acrescentar ainda que conversar sobre o tempo com pessoas idosas e / ou carentes em filas de banco ou supermercado não entra na categoria de sociabilizar, mas continuo achando incabível tomar a iniciativa de dialogar sobre o tempo ou clima com qualquer pessoa que esteja na frente ou atrás de você em uma fila.


Obs: a fotinha é do Lê e o tratinho foi meu.


domingo, 6 de fevereiro de 2011

Uma lembrança e uma descoberta.

Parte I.I – A infância: a motoca Bandeirantes e o triciclo da segregação.

Quando eu era pequena, sei lá com qual idade – talvez por volta dos 4 ou 5 anos, todas as outras crianças tinham uma motoquinha Bandeirantes para andar para lá e para cá, fazendo um barulho insuportável devido à travinhas de metais que eram colocadas nas lindas rodas de plástico vermelho. Meu primo tinha uma. Eu não tinha. Algum adulto com sérios problemas de sociabilização quis me punir pelos próprios traumas e me presenteou com um triciclo, um triciclo! Ninguém nem sabia que aquilo existia, minha gente. Em último caso se tratava de uma bicicleta com três rodas. Bem, a minha era vermelha e amarela – perceberam outra conotação subversiva??? Claro, anos 80, Guerra Fria, comunismo e lembrem-se bem das cores do comunismo. Sim, os famosos ícones eram vermelho e amarelo. Nem é preciso dizer que meu brinquedo me deixou um pouco mais distante da realidade das crianças comuns. Obviamente tentei de várias formas fazer um acordo com meu primo e me apossar da motoca com as cores do país bonzinho, mas ele era resistente. Algumas vezes tive que tomar medidas drásticas e partir para a violência mesmo. Éramos da mesma idade, mas todo mundo sabe que as meninas se desenvolvem mais cedo, tanto física quanto intelectualmente falando e isso bastou para eu faze-lo sangrar algumas vezes por não me deixar andar de motoca. Está bem, eu dou alguns detalhes: uma vez joguei uma pedrinha na cabeça dele, o estrago foi pequeno, apenas alguns pontinhos e em outra ocasião, aproveitei um cabo de vassoura que estava já à mão e rachei na cabeça dele...nem precisou de ponto.
Analogias à Guerra Fria à parte, fato é que o tal triciclo não favoreceu em nada na minha convivência com os demais seres desse planetinha. Muito pelo contrário, foi tão marcante no processo de segregação ou desvio social da minha infância que me lembro da existência dele após quase três décadas. A conclusão deste episódio colorido não poderia ser outra: meu comportamento anti-social provém de um brinquedo. Simples assim!


Obs: a fotinha é do Dan e o tratamento um pouquinho exagerado é meu mesmo...




sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Uma foto modesta e o início das minhas confissões



Faz tempo que tenho me mantido afastada de tudo e todos e isso é completamente proposital. Embarquei em uma jornada dolorida para tentar entender um pouco do que eu sou e as descobertas não têm sido lá aquelas coisas. Pensei que em um mundo onde tanta gente ganha dinheiro com livros de 'auto ajuda', talvez fosse possível me auto ajudar por meio de relatos aleatórios sobre minha vida. Eu gosto de escrever, logo, não custa tentar né...

O texto que segue tem a ver com minha mania de reparar nos pés de todo mundo. Não é fetiche, gente, é complexo mesmo.


Parte I – A infância: dos piolhos ao pé grande.

Quando tento me recordar da minha infância nos longínquos anos 80 e em meio a um lugar que de tão pitoresco sequer existia no mapa, a primeira lembrança que vem à cabeça foi um episódio ridículo sobre piolhos. Sim, piolhos. Eu era piolhenta. Claro que peguei piolhos várias vezes, mas me lembro de apenas uma, sei lá por qual razão...Vejamos, eu estava na primeira ou segunda série do primário, tinha cabelos compridos, cacheados e castanhos, ou seja, um prato cheio para qualquer piolho que queira uma vida modesta, com casa própria, família, etc. Até então, achava que era completamente ausente da culpa de abrigar os pobres piolhos na minha cabeça, que coçava muito e tornava os bebês piolhos extremamente reluzentes naquela cabeleira negra. Todavia, minha inocente crença foi abaixo quando minha mãe descobriu a existência dos mesmos e constatou que a família era bem grandona. O primeiro chilique da mamis foi porque eu havia deixado a família hospedeira crescer....e depois tomou o rumo normal para aquela situação: muito veneno na cabeça e operação pente fino – bem, esse era o nome oficial para a tortura de crianças que pegavam piolhos por livre e espontânea vontade. Ai, ai, tão linda e doce infância!

Além de piolhenta, minha linda condição de criança se resumia ao fato de ser a única um pouco amarelada no meio de um monte de descendentes de italianos – o que me fazia me sentir um E.T. e em algumas várias ocasiões, chegar à conclusão de que eu era adotada, isto para ser um pouco mais racional, claro. Era o foco das piadas com propagandas da época, como o maldito tênis bamba e o salgadinho sticks – quem nasceu nos anos 80 vai entender. Resumidamente, era um bichinho do mato, com aparência estranha, comportamento subversivo (piolhos) e pés enormes para a minha idade. Sim, eram enormes e toda a família fazia questão de comentar a respeito. Acho tão maravilhoso a união familiar! Um engajamento levado ao extremo com um único objetivo: traumatizar uma criança por causa dos pés grandes. Ahh, eu não quero parecer coitada, gente, mas quem já me viu “outdoors” com os pés fora de um allstar ou um calçado fechado???

Eu calço o mesmo número desde que eu tinha 11 anos, com a singela diferença de que quando eu tinha 11 anos, não tinha a mesma altura que tenho hoje. Tenso, muito tenso.


Obs: o pé invejado é da Iara...



quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Exagerada.

No início de dezembro fiz algumas fotos com a Luciene e a Iara no arredores da UEM. Confesso que me senti extremamente pressionada e fiquei adiando a edição das fotos por receio de que as mesmas não correspondessem às expectativas das meninas. Bom, todos sabem que eu sou iniciante né...Mas o que vem ao caso aqui, foi descobrir que tenho uma tendência nitidamente exagerada para as edições, principalmente no que se refere às cores. Este post é uma saudação à falta de sutilezas!

Obrigada às meninas pela tarde super divertida e por servirem de cobaias aos meus experimentos.