As pessoas que me conhecem têm o irritante hábito de me rotularem como um ser anti-social. Alguns vão além da misericórdia e me chamam de arrogante. Há ainda aqueles que denominam meu comportamento como intolerante e por fim, já ouvi que tenho uma tendência anormal de me divertir ao dizer coisas chocantes para outras pessoas. Em minha defesa devo confessar que todos meus defeitos, absolutamente todos, são provenientes de uma causa maior: insegurança ou falta de confiança – dá na mesma. Se alguém souber onde se encontra remédio para isso, por favor, me avise. Ah, falando em remédio...também sou hipocondríaca. Isso é inquestionável.
Bom, vamos aos fatos mais comuns para tentar esclarecer as coisas. Primeiro, eu não considero que seja arrogante corrigir uma pessoa que diz “para mim fazer”, pelo contrário, acho um ato de singular caridade poder contribuir com o processo de aprendizagem desse indivíduo, afinal ele ou ela não vai mais passar por situações constrangedoras em público. Segundo, convenhamos que é impossível estabelecer um diálogo com alguém que só diz “tá ligado?”, gente isso não é intolerância, é gerenciamento de tempo útil. E por último temos as falas chocantes. Poxa, todo mundo sabe o quanto eu amo minhas gatas e dizer que já realizei minhas supostas necessidades maternas com elas não é chocante, é só uma questão de sinceridade mesmo. Eu já vi um monte de gente passeando com cachorros que estavam usando sapatos e não presenciei nenhuma cena de choque – com exceção da minha. Normal, logo, eu que sequer coloco roupas nas minhas gatas, sou mais normal ainda. Hmm, preciso acrescentar ainda que conversar sobre o tempo com pessoas idosas e / ou carentes em filas de banco ou supermercado não entra na categoria de sociabilizar, mas continuo achando incabível tomar a iniciativa de dialogar sobre o tempo ou clima com qualquer pessoa que esteja na frente ou atrás de você em uma fila.
Obs: a fotinha é do Lê e o tratinho foi meu.
De todos os defeitos, não há que não habite em mim, mas tomo a liberdade de comentar o seguinte: eu acho que corrigir os outros, nem sempre é útil para quem foi corrigido, talvez não evite que aconteça de novo e o constrangimento, que existe para algumas pessoas, ocorrerá de novo e de novo até que a pessoa tenha o seu modo de ver. O que eu acho que dificulta essa relação é se incomodar com o erro dos outros já que à eles pertence;
ResponderExcluirQuanto aos defeitos de intolerância, arrogância ou egoismo que todos têm em diversos graus, eu vejo da mesma forma, não tem utilidade descobri-los em ninguém, a não ser em nós mesmos, porque os outros são os outros, não podemos mudá-los, e incomoda-se quem quer com os defeitos alheios, ninguém é obrigado a se incomodar. Moral da história: O controle de todas as situações é nosso.